Coronavírus, aulas online, isolamento social e cyberbullying: como auxiliar os alunos neste momento.

O coronavírus (COVID-19) está presente e alterou e muito o nosso modo e estilo de vida, principalmente em relação aos alunos, educadores e pais e responsáveis, que se viram em uma dinâmica totalmente diferente das que viviam.

 

Muitos são os aspectos dessa nova forma de encarar os dias com a pandemia e, obviamente, a segurança e saúde de todos está em primeiro lugar. Mas há outras questões que precisam ser avaliadas e que merecem muito da nossa atenção.

 

Falta de acesso a aconselhamento e orientação de educadores

A maioria das aulas presenciais foram suspensas por enquanto, e as aulas online são os recursos utilizados no momento . Com isso, a facilidade de comunicação pessoal e interação entre alunos e educadores ficou menor. Muitos deles não tem mais a possibilidade de passar para conversar com um professor depois da aula, por exemplo, ou ainda, relatar se algo o está incomodando durante a aula. Certamente isso preocupa a maioria dos educadores que possuem vínculos com os alunos.

 

Dicas: O coronavírus logo vai passar. Se você pode fazer, mantenha contato com seus alunos mostrando que você se importa com eles e com o bem-estar deles. Deixe claro que caso eles precisem, podem contar com você. (É importante que junto a isso, você esteja ciente das políticas da sua escola em relação às comunicações eletrônicas com os alunos – que, devem ter sido atualizadas para o contexto. Certifique-se de seguir essas regras!)

 

Estar presente faz toda a diferença! Mesmo que existam limitações e seja um esforço a mais neste momento, é importante descobrir uma maneira criativa de manter contato e apoiar os alunos, só assim é possível impacta-los positivamente.

 

 

Distanciamento social e isolamento dos alunos

Nem todos os alunos reagem da mesma forma em relação ao distanciamento social. Enfrentar este momento é diferente para cada um deles, desde as crianças aos adolescentes. Por isso, entender que os sentimentos que os cercam em relação ao isolamento, por não poderem ir para a escola interagir pessoalmente com os colegas, etc, é um grande desafio. Sabemos que problemas de saúde mental podem aumentar drasticamente, além de afetarem no desenvolvimento cerebral e nas escolhas comportamentais, principalmente na adolescência.

 

Dicas: O distanciamento social é necessário durante este período, mas precisamos pensar em alternativas para garantir que nossos filhos não sofram os extremos de isolamento. “Seja paciente caso eles comecem a ficar irritados e frustrados. Eles estão tentando conciliar essa nova realidade – assim como você. Eles provavelmente não serão tão bons em esconder suas emoções ou em redirecioná-las como você pode ser. Segundo, incentive os encontros virtuais com amigos. Socializar e se conectar com os amigos é essencial para o desenvolvimento saudável e contínuo no meio do caos e da incerteza ao nosso redor. Incentive a atividade física de forma segura. Sabemos que a atividade física é necessária para acalmar a mente e apoiar o crescimento cognitivo.

 

 

Aumento do cyberbullying

Quando o aumento de celulares e smartphones aumentou, o cyberbullying também aumentou. Além da sua utilização habitual, o tempo irá aumentar, já que os alunos agora são forçados a usar plataformas on-line para aprender. Por isso, fique atento ao cyberbullying. Isso será especialmente importante nesse período, e uma questão mais delicada para aqueles que não estão acostumados a aprender e interagir dessa maneira (estamos vendo como as desigualdades socioeconômicas aumentarem por causa do coronavírus).

 

 

Aumento do cyberbullying xenofóbico e racismo

Alguns continuam chamando o COVID-19 de “vírus chinês, ou vírus estrangeiro” e os pais reclamaram com a mídia que seus filhos estão sendo acusados como portadores apenas por serem asiáticos.

 

Certifique-se de transmitir fatos e verdades e reserve um tempo para corrigir estas questões ignorantes. Além disso, lembre-se de que muitas vítimas de cyberbullying terão vergonha de pedir ajuda. Quando isso acontece, eles podem sofrer silenciosamente.

 

Dicas: Educadores, estabeleçam um padrão de comportamento respeitoso entre seus alunos on-line, e torne estes padrões muito claros na comunicação entre você e as interações com os alunos. Deixe claro que você entendeu totalmente que não estamos vivendo em um momento fácil, principalmente para eles,, mas que precisamos ser gentis e respeitosos um com os outros.

 

Se possível, mantenha um controle das ações online que tiver alcance, incentivando os alunos a denunciar qualquer comportamento de bullying na internet, indicando a forma de fazer isso nas redes sociais, caso necessário. Faça o que puder para promover interações positivas em todos os locais.

 

Juntos, cada um fazendo a sua parte, passaremos por esse momento tao difícil.

 

 

Cyberbullying Research Center
Cyberbullying: além dos muros da escola

 

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10 dicas para prevenir e ajudar seu filho caso ele esteja sofrendo bullying.
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