SINDPOL-MG e Abrace – Programas Preventivos realizam curso sobre assédio moral.

O Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Sindpol), promoveu nos dias 12, 13 e 14 deste mês, o curso “Práticas de Prevenção ao Assédio Moral no Setor Público”. O evento foi promovido em parceria com a Abrace Programas Preventivos e teve o apoio da Federação Interestadual dos Servidores Públicos Municipais e Estaduais (Fesempre). A vice-presidente da Federação, Áurea Izidora esteve presente e representou o presidente Aldo Liberato.

No primeiro dia (12) , os presentes se reuniram no Auditório Azul do Sesc Venda Nova, em Belo Horizonte e participaram da abertura oficial do Evento. Eles ouviram o Hino Nacional e logo em seguida o presidente do Sindipol tomou a palavra.

“Gostaria de agradecer a presença de todos vocês aqui. O combate ao Assédio Moral é uma ação desenvolvida há tempos pelo Sindipol. É um mal que tem assombrado os servidores públicos e que precisa ser denunciado. Espero que vocês aprendam muito e levem esse conhecimento para seus municípios. Declaro aberto o curso”, afirmou o presidente do Sindpol, Denilson Martins.

As palestras tiveram início no sábado (13), pela manhã. O curso foi divido em cinco módulos, são eles: Assédio Moral: Etimologia, Aspectos Definidores, Caracterização e Percepção; Aspectos Jurídicos no Setor Público e Encaminhamentos; Genealogia da Ética e Moral; Etiologia da Perversão; Saúde Mental , Gestão de Pessoas e Motivação de Indivíduos.

Os dois primeiros módulos foram ministrados pela advogada Tânia Somariva . “As primeiras pesquisas sobre Assédio Moral foram desenvolvidas pelo psicólogo alemão Heinz Leymann, em 1980. Hoje, a Constituição Brasileira diz que devemos respeitar a dignidade humana, cuidar da saúde do trabalhador, mas não existe nada que trate diretamente sobre o assédio moral. Para isso é fundamental a criação de leis”, disse.

A palestrante ainda apontou o bullying como uma forma de assédio moral, explicou como a vítima deve se proteger e como agir na ocorrência do assédio. “Não pode ter medo. É importante anotar os assédios, guardar emails ou ter testemunhas. Poucos sabem, mas gravações também podem servir de prova a partir do momento que você participa da conversa. Se fosse uma gravação não autorizada ai sim, não serviria, mas como a vítima participa, a gravação é considerada uma prova”, afirmou a advogada Tânia Somariva.

Os módulos seguintes foram ministrados pelo filósofo, psicólogo e diretor da Abrace Programa Preventivos, Benjamin Horta. O palestrante traçou as características do assediador, as origens do medo, as diferenças entre homem e mulher, o assédio vertical e horizontal, dentre outros assuntos.

“O assédio pode ocorrer do chefe para o empregado, do empregado para o chefe, entre empregados de níveis diferentes e até mesmo entre os empregados do mesmo nível. O assediador não sabe lidar bem com as frustrações. Ele, geralmente, não passou muito bem pelo processo de castração, que é quando os pais ‘podam’ algumas atitudes das crianças, dizem aquele não. Em muitos casos há falhas no processo de aprendizagem dos limites, e ele se torna um possível assediador quando adulto”, explicou o filósofo, psicólogo e diretor da Abrace – Programas Preventivos, Benjamin Horta.

O orientador sindical da Fesempre, Valdeci dos Santos, parabenizou a realização do curso. “O curso foi excelente. O combate ao Assédio Moral é fundamental para que os servidores públicos tenham condições dignas de trabalho e possam oferecer um serviço de qualidade para a sociedade”, disse.

O curso terminou na tarde do último domingo (14) com uma importante notícia do Sindipol. No fim do ano, o Sindicato pretende promover o Seminário Internacional sobre Assédio Moral. Diversas autoridades do Brasil e de países próximos serão convidadas para debater o assunto. Todos os presentes no curso do último fim de semana, receberam certificados de participação.

 

 

Fonte: Sindpol/MG e FESEMPRE

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