O novo ano letivo começa e, com ele, uma pergunta precisa ser feita: as escolas estão realmente preparadas para enfrentar o bullying?
Duas leis reforçam que o combate à intimidação sistemática (Bullying) não pode ser apenas uma ideia no papel. A Lei 13.185/2015 tornou obrigatório que escolas adotem medidas para prevenir o bullying. A Lei 14.881/2024 ampliou essa responsabilidade, tornando crime o comportamento.
O que isso muda no dia a dia escolar? Mais do que nunca, as instituições precisam de estratégias reais para criar ambientes seguros e acolhedores para todos os alunos.
O Bullying não é um problema invisível
Estudos mostram que, em média, 50% dos casos de bullying em sala de aula acontecem com o professor presente. (Fonte: Abrace – Programas Preventivos). Muitos episódios passam despercebidos porque os sinais nem sempre são explícitos. Um aluno mais calado, uma mudança repentina no comportamento ou pequenos comentários frequentes podem indicar que algo está acontecendo.
As novas diretrizes exigem que as escolas saiam da postura reativa e adotem ações preventivas contínuas. Capacitação de professores, criação de canais seguros para denúncias e campanhas educativas precisam ser parte da rotina escolar e não apenas iniciativas pontuais.
O papel da escola vai muito além da sala de aula
A exposição ao bullying não termina quando o aluno sai pelo portão. O crescimento do cyberbullying faz com que as agressões continuem nas redes sociais, onde a humilhação pode se espalhar rapidamente. A legislação exige que as escolas orientem alunos e famílias sobre o impacto do ambiente digital na saúde emocional das crianças e adolescentes.
A regulação do uso de celulares dentro das escolas também pode ajudar a reduzir os casos de exposição e violência digital. Com menos tempo de tela e mais interação real, os estudantes têm mais oportunidades para desenvolver habilidades sociais saudáveis.
As escolas estão prontas para 2025?
Garantir um ambiente livre de violência é uma responsabilidade coletiva. Educadores precisam estar atentos, alunos devem ser incentivados a denunciar situações de bullying e famílias precisam participar ativamente da vida escolar.
O Programa Escola Sem Bullying já auxilia diversas instituições a se adequarem às novas exigências, oferecendo suporte para que o combate ao bullying não fique apenas na teoria.
Se a sua escola ainda não se preparou para essas mudanças, este é o momento de agir. Ambientes seguros são construídos com ações, e cada passo conta na formação de um futuro sem violência.
Fonte: Abrace – Programas Preventivos