Pesquisa mostra o lado perverso das redes sociais para usuárias adolescentes.

Uma pesquisa realizada pelo site “We heart it”, e divulgada nesta terça-feira pela revista “Time”, indica que, mais do que lugares de piadas e comunicação, as redes sociais podem ser ambientes cruéis para as jovens do sexo feminino, permeados por medo, solidão e insegurança.

 

 

No levantamento conduzido com 12 usuárias e não usuárias do site “We heart it”, as jovens foram questionadas sobre como usam as redes sociais. Como resultado, elas revelaram que sites como Instagram são plataformas governadas por uma
exaustiva série de regras não escritas como “tenha muitos seguidores”, “remova fotos postadas que não ganharam likes”, “Facebook é para fotos que não ficaram suficientemente boas para o Instagram”.

 

 

Além disso, entre as queixas mais frequentes das jovens em relação ao uso das redes sociais estão relatos de bullying e da sensação de insegurança provocado pela inevitável comparação com amigos e seguidores no ambiente digital.

 

 

“O bullying é constante”, escreveu uma usuária na pesquisa.

“Há muitas coisas ruins que os adultos não veem”, afirmou outra.

“Ninguém me entende. Eles me chamam de gorda e feia. Eu quero me matar”, desabafou uma usuária.

 

 

Em uma outra pesquisa conduzida em dezembro pelo “We heart it”, cerca de 66% dos 5 mil entrevistados disseram já ter passado por experiências de bullying no Facebook, 19% no Twitter e 9% no Instagram. Além disso, 59% dos participantes do levantamento disseram sentir-se inadequados ao Facebook.

 

 

Ainda no levantamento, cerca de 80% das pessoas afirmaram terem participado de algum tipo de desentendimento ou drama com amigos no Facebook, 22% passaram pela experiência no Twitter e 12% no Instagram.

 

 

Com mais de 25 milhões de usuários, dos quais cerca de 80% têm menos de 24 anos e pertencem ao sexo feminino, o “We heart it” trata-se de uma rede social baseada no compartilhamento e na “curtida” de imagens. Apesar de ainda pouco popular, o site tem sido procurado por diversas jovens como alternativa ao Facebook, diante do aumento da presença de pessoas mais velhas na rede, incluindo familiares.

 

Ao serem questionadas do por que não veem fim para as experiências negativas nas redes sociais, as entrevistadas resumiram a questão a algumas possibilidades:
“Sem ter que encarar as pessoas na vida real… isso faz com que seja mais fácil para as pessoas serem rudes”, declarou uma entrevistada. “São adolescentes sendo adolescentes”, disse outra.

 

Fonte: O Globo

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