União de família e escola é importante para o combate; Colégio Marista Arquidiocesano promove práticas que promovem diálogos e reflexões sobre o tema
Fonte: O Estadão
O Governo Federal sancionou na última segunda-feira, 15, a lei de nº 14.811/2024 que inclui os crimes de bullying e cyberbullying no Código Penal.
O texto altera o Código Penal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Segundo a norma sancionada pelo presidente da República, o bullying está tipificado como “intimidar sistematicamente, individualmente ou em grupo, mediante violência física ou psicológica, uma ou mais pessoas, de modo intencional e repetitivo, sem motivação evidente, por meio de atos de intimidação, de humilhação ou de discriminação ou de ações verbais, morais, sexuais, sociais, psicológicas, físicas, materiais ou virtuais”. O cyberbullying, por sua vez, é definido na lei como o bullying praticado em ambiente virtual.
O texto também inclui quatro crimes praticados contra crianças e adolescentes no rol de crimes de hediondos, alterando a Lei 8.072, de 1990, que trata dessa tipificação.
Basicamente, o bullying pode ser traduzido como uma ação, ato, palavra ou qualquer manifestação que faz o outro se sentir humilhado. Essa conduta pode resultar em segregações e discriminações motivadas por determinadas características, comportamentos e condições.
Família e escola
Em união, família e escola podem formar alicerces importantes para que os estudantes consigam desenvolver conhecimentos e habilidades como empatia, solidariedade e pensamento crítico.
O Colégio Marista Arquidiocesano firmou uma parceria com a Abrace – Programas Preventivos, criada com o objetivo de prevenir e combater o bullying e a violência escolar no Brasil. Através do empreendedorismo social, a instituição atende escolas e redes de ensino, fornecendo todos os subsídios necessários para sistematizar a prevenção ao bullying por meio de ferramentas multidisciplinares.
Por meio do programa Escola Sem Bullying, que começou a ser implantado em 2023, o Arquidiocesano está promovendo treinamentos para professores e colaboradores que prestam assistência aos alunos. No início do ano letivo de 2024, estão previstas palestras e rodas de conversa em sala de aula sobre o tema para alunos e familiares. O colégio também irá distribuir uma material didático que permite ampliar a compreensão a respeito dessa temática para além do senso comum.
“Conseguimos implantar uma cultura de paz, em que os alunos se sentem seguros para expor suas dificuldades. Além disso, os professores e equipe pedagógica ganham mais segurança no tratamento dos casos de bullying da escola. Nos antecipamos, oferecendo o treinamento adequado para quem está em contato direto com os estudantes”, explica Simone Alves Freitas Dias, coordenadora do Ensino Fundamental – Anos Finais, do Colégio Marista Arquidiocesano e responsável pela implantação do programa.