Efeitos do bullying mantêm-se na idade adulta.

Os efeitos sociais, físicos e mentais do bullying ainda são evidentes cerca de 40 anos mais tarde, segundo um estudo publicado no “American Journal of Psychiatry”, citado pelo “Alert”.

Os investigadores do King’s College London, no Reino Unido, analisaram os dados de 7.771 crianças cujos pais forneceram informação sobre a exposição dos seus filhos a atos de bullying quando eles tinham entre 7 e 11 anos. Depois, seguiram-nos até aos 50 anos de idade.

Verificou-se que 28 por cento das crianças tinham sofrido bullying de forma ocasional e 15 por cento de forma frequente. Os indivíduos que na infância tinham sofrido bullying de forma ocasional tinham uma maior tendência a ter uma pior saúde física, psicológica, bem como uma mais baixa função cognitiva, aos 50 anos. Os indivíduos que tinham sofrido bullying frequentemente apresentavam um maior risco de ter depressão, distúrbios de ansiedade e pensamento suicida.

O estudo também apurou que o bullying estava associado a níveis de educação mais baixos, os homens tendiam a estar desempregados e tinham um salário mais baixo. Os indivíduos que tinham sido submetidos ao bullying apresentavam também uma maior dificuldade em manter uma relação, em terem apoio social e tendiam a ter uma menor qualidade de vida, bem como uma menor satisfação por esta.

“Temos que pôr de parte a ideia de que o bullying é uma parte inevitável do crescimento. Os professores, pais e decisores políticos devem ter noção que o que acontece no ambiente escolar pode ter longas repercussões na vida das crianças”, revelou, em comunicado de imprensa, a líder do estudo, Louise Arseneault.

 

Fonte: Pais e Filhos

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