7 de abril – Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola

Aprender a conviver: um desafio contemporâneo

Hoje, no dia 7 de abril, Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola, instituído pela Lei Federal n° 13.277 de 2016, temos incontáveis motivos para nos sensibilizarmos e refletimos a respeito dos últimos incidentes que chocaram a nossa nação. Estudantes, pais, educadores e várias outras esferas da sociedade se comoveram, novamente, com os reflexos da impiedosa violência que nos acomete abrupta e também sorrateiramente.

Como afirma o filósofo Byung-Chul Han, na Modernidade a violência adota formas intrapsíquicas. Tal fato dá ao bullying a periculosidade da violência imaginária, das trajetórias subjetivamente aniquiladoras, e do ato velado e sistêmico contra o outro, alimentado, geralmente, por uma rede de contextos e relacionamentos presentes dentro e fora da escola.

Segundo Juan Carlos Tedesco “a possibilidade de viver juntos não constitui uma consequência natural da ordem social senão uma aspiração que deve ser socialmente construída.” A educação, e portanto a escola, possui em suas mãos o antídoto para responder a estas demandas que tanto a afligem, e a problematização advinda de fatos como o bullying e a violência escolar despertam o incômodo necessário para que se encontrem soluções plausíveis e duradouras.

É necessário que a educação retorne à sua essência. E é necessário, também, nos mobilizarmos como sociedade, a fim de que, por meio do uso de ferramentas eficazes, demos um basta no bullying e em tantas outras formas de violência que se manifestam em escolas. Grandes mudanças surgem em momentos de grandes desafios. Mais do que nunca, fortalecemos a esperança de que por meio do Programa Escola Sem Bullying, políticas públicas voltadas para a segurança escolar, formação de docentes, metodologias ativas, envolvimento dos pais, e a abertura de espaços no currículo escolar, alcancemos, de fato, uma transformação sólida, substituindo uma cultura de violência por uma cultura perene de paz.

Autor: Benjamim Horta

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