Como desenvolver um clima escolar positivo para prevenir o bullying e o cyberbullying.

Segundo pesquisas o clima escolar positivo é um dos fatores que contribuem para o sucesso de resultados comportamentais, emocionais e acadêmicos entre os estudantes. Relato de alunos, com um clima positivo na escola, eles consequentemente acabam experimentando menos comportamentos problemáticos na web.

 

Mas o que nós, educadores, podemos fazer para melhorar o clima da escolar, ajudando não só no desempenho, sucesso e a produtividade dos alunos, mas também a ensinar os jovens a serem seguros, inteligentes, honestos e responsáveis ​​ao usar a tecnologia?

 

 

1. Promova conscientização: todos os que desenvolvem algum tipo de papel na escola, de certa forma, estão educando. Por isso, todos, sem excessão, devem dedicar tempo, seja em sala de aula ou por meio de encontros que promovam o debate sobre o bullying e os tipos de bullying, com o objetivo de aumentar a conscientização sobre os riscos, possíveis sanções legais, sanções dentro da escola, além de danos emocionais, psicológicos, e até físicos. Os alunos devem entender que, mesmo que não estejam praticando bullying com o outros, eles têm a responsabilidade de ajudar a garantir a segurança de seus colegas. Se o bullying acontece e é percebido por eles, algo deve ser feito a respeito. A escola deve instruir e recompensar comportamentos apropriados e úteis, em vez de apenas se manifestar contra e disciplinar o que for inadequado.

 

 

2. Mantenha-se disponível: a interação entre todos os funcionários e alunos deve acontecer de forma adequada e confortável em toda a escola. Os funcionários devem trabalhar intencionalmente para criar uma atmosfera de confiança e diálogo contínuo sobre os problemas e dificuldades que crianças e adolescentes enfrentam. Os alunos devem conhecer e sentir-se completamente à vontade com pelo menos um adulto na escola, com quem possam confiar para conversar sobre qualquer dificuldade ou problema que enfrentarem, seja ele offline ou online.

 

 

3. Empenhe-se em conhecer os alunos: educadores precisam aprender o nome dos alunos para que consigam construir relacionamento, combater o sentimento de falta de importância e inseguranças, promover conexões e sentimentos pertencimento,  e reforçar sentimentos de confiança, respeito mútuo e segurança. Isto é simples mas uma forma extremamente poderosa e eficaz de demonstrar que os alunos são realmente queridos e que todos são igualmente importantes e cuidados pela escola.

 

 

4. Se relacione com todas as partes interessadas: educadores devem trabalhar em conjunto com pais e/ou responsáveis e comunidade, sejam elas empresas, organizações sem fins lucrativos, ou outros voluntários, para que a abordagem sobre bullying cyberbullying seja feita de forma correta e adequada. Todos que estão envolvidos com a questão e se preocupam com esse problema podem ajudar de maneira substantiva – seja patrocinando algo -, ou simbólicas – por meio de mensagens, apoio, campanhas etc. Todos podem trazer alguma contribuição para ajudar a combater coletivamente esses problemas. Ensinar os adolescentes a usar a tecnologia com sabedoria, discrição e premeditação é responsabilidade de todos!

 

 

5. Estabelece denúncias anônimas: As escolas devem criar maneiras seguras e privadas para que os alunos relatem questões que os preocupam ou que poderiam deixa-los desconfortáveis, com medo ou vergonha de compartilhar abertamente com as autoridades competentes. Ninguém quer ser visto como delator. Os sistemas de denúncia podem incluir um formulário na página da escola, um número de telefone para receber chamadas ou textos confidenciais. Por mais importantes que sejam os mecanismos de comunicação, é ainda mais essencial que as escolas investiguem e respondam rápida e adequadamente a todos os relatos que chegarem. Caso contrário, os alunos irão rapidamente aprender que nada que é denunciado é investigado, e param de fazê-lo ao considerar a escola inconsciente, hipócrita e apática.

 

 

6. Mantenha um espírito de esperança: os funcionários da escola devem trabalhar para cultivar um forte senso de esperança e positividade em todo o corpo discente, combatendo mensagens negativas daqueles que intimidam e para ajudar a amortecer os estressores típicos dos adolescentes. Os melhores educadores demonstram preocupação com mais do que apenas o sucesso acadêmico dos alunos. Administradores, professores e toda a equipe de apoio ao acompanhar o desenvolvimento deste estudantes, podem também, demonstrar e ensinar sobre compaixão, empatia, prestando assistência quando necessário e mantendo-os inspirados para o futuro brilhante que terão.

 

 

7. Construa campanhas de condutas positivas: o objetivo das normas é geralmente mudar as mentalidades predominantes estabelecendo o que se espera sobre certos comportamentos. Por exemplo, se a maioria dos jovens pensa que o bullying é uma parte normal da adolescência, ou que quem fala com um adulto sobre seus problemas é fraco, essas crenças dominam e se espalham. A realidade é que a grande maioria das crianças e adolescentes despreza o bullying, não quer magoar os outros e deseja ótimos relacionamentos com seus colegas. Por isso, concentre a atenção na maioria dos jovens que utilizam seus telefones, mídias sociais e outras tecnologias de maneiras boas e positivas. Promova as ações positivas e benéficas que os alunos estão fazendo. Celebre sucessos! Destaque e elogie atos de bondade. Deixe claro que o cuidado e a compaixão são a norma em sua escola, e não a exceção. E tenha uma estratégia clara destas mensagens e divulgue-as!

 

 

8. Recrute ajuda de outros estudantes:  muitos jovens querem se envolver ativamente no combate e prevenção ao bullying e outras coisas positivas na escola. Geralmente, estes jovens já se encontram em uma posição de influenciadores. Trabalhar com grupos de colegas pode ser uma ótima alternativa parar influenciar boas atitudes, crenças e comportamentos destes adolescentes, principalmente nesta fase de desenvolvimento. Líderes de sala no ensino médio poderiam conversar informalmente com esses colegas durante o intervalo ou em reuniões elaboradas pela escola. Alguns podem organizar uma apresentação para outros em pequenos grupos (máximo de 20 alunos por grupo) do tamanho da sala de aula. As oportunidades potenciais para capacitação e envolvimento dos alunos são infinitas!

 

 

9. Desenvolva pesquisas internas: descobrir o que acontece a respeito do bullying e do cyberbullying na escola é fundamental! Existem programas de prevenção ao bullying que fazem este tipo de pesquisa, como o Programa Escola Sem Bullying. Isso ajudará a conduzir e direcionar os esforços para que os recursos e esforços sejam gastos da melhor maneira possível. Ter dados específicos da sua escola também dá mais credibilidade aos pais e responsáveis, demonstrando organização, cuidado, além de estratégias para melhorar os pontos necessários da instituição. Os resultados também podem ser comparados com dados nacionais para examinar em que patamar a sua escola está (melhor ou pior) do que outras escolas. 

 

 

10. Continue aprendendo novas coisas: educadores devem sempre aprender sobre novos desenvolvimentos tecnológicos, dispositivos e formas de utilização de recursos online. É muito importante também que a escola procure se envolver com instituições especialistas em prevenção ao bullying escolar para que problemas deste tipo sejam concentrados e resolvidos da melhor forma possível, caso aconteça. Existem muitos recursos disponíveis para ajudar os educadores a identificar, prevenir e responder ao bullying e ao cyberbullying. Caso precise de ajuda, conte conosco!

 

Sameer Hinduja e Justin W. Patchin

 

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