Colégio Marista Paranaense e Escola Sem Bullying juntos contra o bullying

No Dia Nacional do Combate ao Bullying e à Violência na Escola, especialistas do Programa Escola Sem Bullying e profissionais do Colégio Marista Paranaense orientam sobre prevenção e proteção no segundo ano de implementação do Programa na instituição.

 

Apesar de parecer algo atual, o bullying não é um comportamento novo. De acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNse) de 2019, 23% dos estudantes se sentiram humilhados pelos colegas. Foram entrevistados 11,8 milhões de estudantes de 13 a 17 anos, de todo o Brasil.

O bullying é caracterizado por ações negativas, repetitivas e intencionais que podem acontecer de forma verbal, física, social, moral, sexual, virtual etc. As consequências dessas ações são tão graves, principalmente para quem sofre e presencia, pode incluir vergonha, retração social, ansiedade, depressão e até sinais físicos como enjoo, tontura, dores de cabeça etc.

O diretor do Colégio Marista Paranaense, de Curitiba/PR, Flavio Sandi, implementou o Programa Escola Sem Bullying (Abrace – Programas Preventivos) na instituição em 2023, e segue para o segundo ano de implementação, que passa por etapas de formação com foco na conscientização e prevenção deste tipo de intimidação. Para ele, somente desta maneira é possível evitar situações de bullying. “É fácil dizer que o bullying sempre existiu, mas nem por isso é algo tolerável. É necessário ações práticas no dia a dia para tornar o ambiente escolar seguro e acolhedor para todos”, afirma.

 

 

Escola Sem Bullying

No dia 7 de abril de 2016, foi criado o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola, para chamar a atenção aos problemas causados pelo bullying e incentivar a conscientização sobre o tema. Desde o início do ano, estudantes, professores e familiares do Colégio Marista Paranaense têm participado de ações da metodologia do Programa e compartilhamento de materiais de orientação sobre o comportamento, que se estenderá a todo o ano letivo.

Segundo Benjamim Horta, diretor-geral da Abrace – Programas Preventivos, instituição que encabeça a metodologia do Escola Sem Bullying, a melhor forma de prevenir o bullying é a prevenção sistematizada. “O Programa Escola Sem Bullying engloba três esferas – escola, estudantes e famílias – justamente para lidar com vítimas, agressores, e expectadores, explicando quais são os riscos, as consequências e como pedir ajuda”, ressalta. Quando todos trabalham juntos em prol de um ambiente escolar saudável, todos ganham.”

 

Confira dicas da Abrace – Programas Preventivos para evitar situações de bullying:

Diálogo aberto em casa – conversar sobre assuntos difíceis em casa é a melhor forma de lidar com situações como o bullying. A criança ou adolescente em geral omite essas situações por medo ou vergonha, por isso é importante os pais estarem alertas sobre mudanças de comportamento. Mostrar que o filho pode se abrir com segurança e liberdade em casa é essencial para que a família possa lidar com a situação.

Não minimizar a situação – se os filhos ou amigos compartilharem uma situação de ataque, não minimize dizendo “não é nada de mais”. Ouvir atentamente, acolher e tentar ajudar é o melhor caminho para apoiar a vítima de bullying.

Atenção ao mundo virtual – redes sociais e aplicativos de conversa podem dar uma falsa impressão de segurança, mas é válido reforçar que assim como no mundo real, o que falamos e fazemos pode magoar outras pessoas. O mesmo respeito e cuidado que temos presencialmente deve ser mantido no mundo virtual, independentemente da plataforma usada.

Identifique quem pratica bullying – é uma tarefa mais fácil no mundo real do que no virtual, claro. No entanto, identificar e conversar com possíveis agressores é muito importante. Esclarecer que o comportamento é inaceitável, entender se há sinais comportamentais como baixa autoestima, por exemplo, ou até se a pessoa também é vítima de algum tipo de violência em outra esfera da vida.

Todos podem evitar o bullying – segundo pesquisa da Abrace, cerca de 85% dos jovens já presenciou uma situação de opressão ou intimidação de outra pessoa. Saber que quem observa pode denunciar o bullying é uma forte ferramenta para evitar e prevenir casos e gerar um ambiente mais saudável.

 

Por Luiza Lafuente Woellner dos Santos

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