Bullying é um termo bem recorrente há algum tempo e todos sabem seu significado: intimidação. Porém mais do que saber seu significado sabemos o que ele representa. E se você que está lendo este artigo neste momento imagina que sua prática se restringe ao ambiente escolar, está muito enganado. Ele também acontece em outros tipos de relações interpessoais e traz danos emocionais para quem se vê envolvido pelas atitudes covardes cuja falta de maturidade venceu a ‘data de validade’.
O contexto é sempre o mesmo; um número x de pessoas que se une e se apoiam mutuamente a fim de perseguir, denegrir, desmoralizar, atacar e humilhar um outro indivíduo que elegem como seu alvo. São obstinados e determinados quando decidem prejudicar alguém. Seu comportamento inclusive nos remete ao dos animais. A hiena por exemplo é um predador covarde, mas não o é por escolha, e sim pelo instinto de sobrevivência. Ela jamais age sozinha, pois nessa condição é fraca e não sobreviveria. Escolhe sua presa e passa a persegui-la incessantemente dia e noite, e quando percebe sua vulnerabilidade, ecoa sua risada estridente a fim de chamar outras para o bando e só assim, ‘mais fortes’, poderem atacar.
Se você observar com cuidado, o teor do bullying adulto (mobbing) e a forma como são feitos, perceberá que são muito similares ao que acontece dentro das escolas com os jovens que estão ainda em fase de desenvolvimento. Entretanto, nesses casos e no bullyng corporativo, aquele que ocorre no ambiente de trabalho, a vítima recebe a atenção necessária e as instituições, ao que parece, tem combatido veementemente tais práticas, mas, quando os assédios acontecem fora desses cenários, em outros eixos de interação social, a coisa muda de figura. Na grande maioria das vezes a vítima não recebe apoio e credibilidade daqueles que a rodeiam, que acabam julgando a situação apenas como ‘diz que me diz’, fofoca, picuinha, o que torna a experiência ainda mais sofrida e arrebatadora. As pessoas preferem manterem-se longe, parecem ficar incrédulas de que homens e mulheres adultos, as vezes já pais e mães, se prestem a esse papel. Mas afinal, o que se passa na cabeça dessas pessoas, e que tipo de exemplo imaginam estar dando para seus filhos? O que falta em suas vidas para que usem seu tempo para fazer este tipo de coisa?
O fato da vítima estar em minoria não a coloca em desvantagem apenas mediante ao grupo, infelizmente, no julgamento alheio, a maioria tem sempre razão, um equívoco.
Mas o que fazer para cessar os assédios e se livrar do problema?
Para acionar os meios legais e recorrer a justiça é preciso ter provas contundentes de que os excessos cometidos lhes compromete a moral ou ameace sua integridade física. Caso isso não seja possível, então só restam duas alternativas: terá que suportar as investidas ou criar mecanismos para sair da situação.
Se você sofreu bullying ou passa por isso, tenha a certeza que você tem dentro de você mesmo força e recursos necessários para superar. Basta adotar uma nova postura e tomar algumas resoluções.
>> Não se preocupe em provar ao mundo que você é a vítima, você não precisa provar nada para ninguém, apenas mostre o seu melhor através das suas atitudes.
>> Não se nivele em hipótese alguma. Mostre sua força se impondo e exigindo o respeito que você, como todo ser humano, merece, mas você não precisa fazer isso necessariamente batendo de frente.
>> Mude o foco, invista em um projeto novo, algo que você queira muito fazer. Isso absorve sua atenção e vai lhe fortalecer aos poucos, enfraquecendo o ‘poder’ que as ações que vem sofrendo estão exercendo sobre você.
Acredite, passada a situação você se descobrirá alguém mais forte, lúcido e capaz.
Fonte: Angela Rodrigues – Blasting News